Erick Silva enfrenta sul-coreano nesta quarta-feira de olho no top 10 dos meio-médios

Por Leo Salles

Walid Ismail, presidente do Jungle Fight, o chamou de “Neymar do MMA”. Para Dana White, manda-chuva do UFC, ele é “duro e explosivo”. Esse é Erick “Índio” Silva, que faz a co-luta principal do UFC Fight Night 29, que acontece em Barueri, na Grande São Paulo, nesta quarta-feira, contra o sul-coreano Dong Hyun Kim, pelos meio-médios. O evento será realizado a partir das 18h e terá transmissão ao vivo do Canal Combate.

Erick Silva enfrenta Dong Hyun Kim, da Coreia da Sul, no UFC Fight Night 29 (Foto: UFC)

Silva, que é de Vila Velha (ES), vem impressionando pelo seu jogo explosivo e muita técnica no chão, onde é um exímio finalizador. No UFC, são três vitórias e duas derrotas, incluindo o embate polêmico contra Carlo Prater no UFC 142, no Rio, quando foi desclassificado pelo árbitro Mário Yamasaki por supostamente ter dado socos ilegais na nuca do adversário.

Silva já conquistou três prêmios em pouco tempo na organização: dois por finalização da noite, contra Charlie Brenneman e Jason High, e uma luta da noite, contra Jon Fitch.

Mas, para chegar ao maior evento de MMA do mundo, “Índio” teve um caminho avassalador em outros ringues, principalmente no Jungle Fight, quando conquistou o torneio dos meio-médios e fez o UFC ficar de olho no seu talento até o momento da sua contratação.

UFC: fase oscilante

A estreia no UFC foi justamente na primeira edição que a organização fazia após 13 anos de ausência no Brasil. O UFC 134, no Rio de Janeiro, foi a chance de mostrar ao país e aos que não o conheciam como ele lutava e porque o capixaba merecia estar ali após brilhar no Jungle Fight. Derrotou Luis “Beição” Ramos por nocaute com apenas 40 segundos de luta. Uma estreia inesquecível para “Índio”.

A segunda luta no UFC foi contra o compatriota Carlo Prater, no UFC 142, também na Cidade Maravilhosa. Porém , Silva dessa vez saiu derrotado, mas de maneira controversa: com apenas 29 segundos de luta, o capixaba derrubou com socos o adversário e na sequência aplicou golpes considerados ilegais por Mário Yamasaki, que desacordaram Prater.

Erick Silna na encarada pós-pesagem com Jon Fitch, no UFC 153. (Foto:UFC)

Silva foi desclassificado e a luta consta como derrota em seu cartel. Houve muita polêmica após o embate, pois no replay Silva parece não atingir em nenhum momento a nuca de Prater. Dana White criticou a paralisação e tentou revertê-la como vitória para o brasileiro na Comissão Atlética, porém não obteve êxito

Erick Silva deu a volta por cima em sua estreia em terras americanas, ao derrubar Charlie Brenneman, por finalização, com um mata-leão. Sua terceira derrota na carreira veio numa luta sensacional contra o americano Jon Fitch, ex-top da categoria, por decisão unânime, no UFC 153, no Rio de Janeiro. A recuperação veio com uma finalização contra Jason High, no evento da final do TUF Brasil 2, em junho deste ano, logo no começo do combate.

Agora, Silva tem pela frente um perigoso Dong Hyun Kim, que é especialista no kickboxing e no judô. Gosta de clinchar, mas tem uma mão poderosa. Venceu a maioria dos seus combates por decisão dos juízes e pode usar a estratégia de desgastar fisicamente o brasileiro. Para isso, Silva deve manter seu ritmo de luta, que é ser explosivo e buscar a finalização o quanto antes.

Caso vença, Erick pode entrar no top 10 da categoria e sonhar com voos maiores na maior organização do mundo.

DADOS:

Erick Silva: (Foto: UFC)

Erick “Índio” Silva
Natural de Vila Velha, Espírito Santo
29 anos
Cartel: 15 vitórias (3 por nocaute, 9 por finalização e 3 por decisão)
3 derrotas (2 por decisão e uma por desclassificação)
1 No-Contest (contra Carlo Prater, no UFC 142)

Divisão: meio-médios
Especialidades: Wrestiling, Jiu-Jitsu, Muay Thai
Pontos fortes: Excelente jiu-jitsu, exímio finalizador, velocidade e bom boxeador
Pontos fracos: Fôlego

Vídeos:

Erick Silva vs Francisco Ayon (Final do torneio dos meio-médios- Jungle Fight 23)

Erick Silva vs Carlo Prater (UFC 142)